O mês de maio está em volto com o glamour dos casamentos, época de sonhos, romance e muito amor. Por isso este mês é conhecido como o mês das noivas, as igrejas estão sempre lotadas nessa época, já que toda mulher apaixonada quer se casar nesse período específico, acreditando-se que é um tempo de boa sorte aos casais que se unem em maio. Mas de onde vem a crença que o mês de maio é o mês das noivas?
A cerimônia de casamento nasceu na Roma antiga, nessa forma de ritual formal, com sacerdote, vestido especial para noiva, festa e tudo mais. Com o passar do tempo passou a ser tradição e perdura até os dias de hoje. Também foi lá que as primeiras uniões civis aconteceram e onde a mulher poderia se casar com a pessoa que escolhesse e por livre vontade.
Nos tempos medievais a higiene pessoal certamente não era prática comum, tanto que não se tem registro de utilização de papel higiênico ou escovas dentais ou ainda de sistema de esgoto o que fazia com que as excrescências humanas fossem despejadas pelas janelas. Nesse ambiente pobre de assepsia corporal, a história oral registra que as pessoas eram abanadas ou se abanavam para espantar o mau cheiro que exalavam em virtude da ausência de banhos principalmente nos rigorosos invernos europeus.
Encerrado o inverno ocorriam os banhos familiares que eram tomados numa única enorme tina, cheia de água quente, na qual o chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa. Depois, sem trocar a água, vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as mulheres também por idade, e por fim, as crianças. Os bebês eram os últimos a tomarem banho. Assim, tradicionalmente, as famílias escolhiam os meses de maio e junho para os casamentos de suas filhas aproveitando os efeitos assépticos do “banho” porque o cheiro das pessoas ainda estava suportável nesses meses. No caso específico das noivas, o uso de buquês de flores junto ao corpo, era uma forma de tentar disfarçar o odor que vinha das partes íntimas.
Existe outra versão na qual o buquê teria surgido na Grécia como uma espécie de amuleto contra o mau-olhado sendo utilizada em sua confecção uma mistura de alho, ervas e grãos. Esperava-se que o alho afastasse maus espíritos e as ervas ou grãos garantissem uma união frutífera. Os buquês de violeta representavam a modéstia, os de hera representavam a fidelidade ao amado, as rosas vermelhas a paixão e o lírio representando a pureza. Para o casal que queria alegria e muitos filhos eram usados os buquês de flores de laranjeira. Eram confeccionados dois buquês: o primeiro, abençoado pelo sa cerdote deveria ser guardado pela noiva. O segundo, lançado em direção às mulheres solteiras. Aquela que conseguisse pegá-lo, seria a próxima a casar.
As flores hoje colocadas em todo o caminho percorrido da noiva até o noivo era um costume romano, já que eles em seu tempo lançavam, as pétalas de flores no trajeto da noiva para que a união fosse de muita sorte e de muito carinho de um com o outro. Na antiga Polônia, acreditava-se que, colocando açúcar no buquê da noiva, seu temperamento se manteria “doce” ao longo do casamento. Antigamente havia o hábito de guardar o buquê sob uma redoma de vidro, exposto sobre algum móvel na sala ou na cômoda do quarto.
Na Igreja católica o mês de maio é um mês de comemoração à pessoa da mãe de Jesus, e segundo eles é por isso que maio é atribuído ao mês das noivas.
Referências:
2 comentários:
Algumas dessas razões históricas eu conhecia (como o buquê), mas não sabia que os casamentos de maio estavam associados ao inicio do verão!!
Faz todo o sentido =))
bjoks
Nossa, muitas eu não conhecia, adorei.. bjs
Postar um comentário